quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Acompanhamento Terapêutico Escolar: um estudo de caso

Cíntia Viviane Ventura da Silva
Lisiane Machado de Oliveira-Menegotto
Universidade Feevale

O acompanhamento terapêutico escolar tem como finalidade auxiliar na inclusão de sujeitos que apresentam dificuldades de ordem psíquica, neurológica ou física. O presente trabalho objetivou relatar o estudo de um caso de acompanhamento terapêutico de uma aluna com necessidades educacionais especiais. O acompanhamento era diário, no horário de aula e ocorreu ao longo de 7 meses, numa escola privada de uma cidade da região metropolitana de Porto Alegre/RS. A aluna, na época, tinha sete anos. Os acompanhamentos geraram relatos registrados em diários de campo, sobre os quais se realizou o presente estudo. A aluna em questão apresentava um transtorno psíquico grave. Não apresentava nenhum comprometimento orgânico e nenhum traço físico característico de síndrome genética. Costumava protagonizar constantes episódios de agressão, apresentando dificuldades de interação com os colegas e professores. As crianças a viam como uma menina "doente" ou "coitadinha". Nesse sentido, o acompanhamento terapêutico se deu na perspectiva de trabalhar com todos os alunos a questão das diferenças, ao mesmo tempo em que auxiliar a aluna com necessidades educacionais especiais a encontrar novas formas de interação e comunicação. A função do acompanhamento terapêutico foi de fazer uma ponte entre a aluna e os demais colegas e professores, auxiliando na sua inclusão na turma. Além de construir outras formas de interação com os colegas e professores, o trabalho favoreceu a adesão da aluna às rotinas da sala de aula, participando da fila, realizando um maior número de tarefas escolares, brincando na pracinha com os colegas. Desta forma, a aluna foi saindo do lugar de "doente" ou "coitadinha". Ao longo desse processo observamos a importância do olhar, de estar atento aos códigos de comunicação, possibilitando as pontes necessárias para o trabalho inclusivo. Assim, podemos concluir que o AT é uma profícua ferramenta de trabalho no processo de inclusão escolar.

Palavras-chave: acompanhamento terapêutico escolar; inclusão social; psicose infantil; linguagem.

__________________________________________________________________________________

O resumo acima foi apresentado na Feira de Iniciação Científica Feevale 2010 e recebeu o prêmio Destaque. É fruto de meu trabalho em uma escola, trabalho mui precioso e que realizei com muito carinho, sendo supervisionada pela Prof. Dra. Lisiane Machado de Oliveira Menegotto. O artigo completo que fará parte do livro de destaques, publicarei aqui posteriormente, respeitando a originalidade exigida pela regulamentação da feira em referência à publicação do mesmo.
__________________________________________________________________________________

Pôster 

Prof. Dra. Lisiane Machado de Oliveira Menegotto recebendo o prêmio em meu nome

Um comentário:

  1. Cíntia!
    Foi um prazer e uma grande honra receber o prêmio em teu nome. Sabes que sou uma grande admiradora tua!
    Abração da tua professora e amiga Lisiane

    ResponderExcluir